Impressão Online

O JORNALISMO IMPRESSO E A INTERNET.

quinta-feira, novembro 30, 2006

Falta idoneidade às mídias tradicionais

Li no E-Periodistas que as agências de publicidade têm questionado a idoneidade das mídias tradicionais, principalmente os jornais impressos, como suporte para suas campanhas publicitárias.
A pesquisa foi realizada pelo Icom em 34 agências de 25 países.

Não me admira em nada que os veículos tradicionais não têm servido mais à publicidade. Por vários motivos:
  1. Eles têm perdido audiência;
  2. A máscara da objetividade e imparcialidade desse tipo de mídia está caindo;
  3. O papel tem subido de preço, o que torna os jornais e, conseqüentemente, os anúncios mais caros;
  4. As pessoas (sem distinção de idade ou sexo) têm migrado para as mídias digitais. Vide o boom da publicidade na versão online de publicações periódicas;
  5. Penso também que as agências de publicidade queiram fazer anúncios mais dinâmicos e interativos, impossíveis de serem pensados no suporte papel.
Por outro lado, paro para pensar: se as mídias tradicionais não são tão idôneas assim, quais seriam?

quarta-feira, novembro 29, 2006

Justificativas, agradecimentos, pensamentos...

Não sei se todos têm acompanhado o Impressão On line desde o início, mas quem leu o primeiro post sabe que ele surgiu como atividade avaliativa da disciplina de Jornalismo Online do curso de Comunicação Social - Jornalismo da Ufes.
Pois bem. A disciplina encerra-se hoje e todos os blogs criados através dela vão seguir um caminho. Ou serão deletados ou continuarão.
Acho (acho, não tenho certeza) que o Impressão On Line vai permanecer na ativa. Talvez não no mesmo ritmo de postagens diárias como tem sido. Mas, pode ser também que eu tenha o que dizer todos os dias... Vamos ver.

Gostaria de agradecer a todos pelas visitas ao Impressão On Line, comentários, votos nas enquetes, sugestões de pautas. Obrigada pelas mensagens e e-mails. E, principalmente, pela credibilidade (acho que tenho alguma na tão vasta blogosfera).

Até antes do Natal atualizo o blog, com certeza. Depois tiraremos umas férias. Enquanto isso vou pensando o destino dele. Se tiverem sugestões, fiquem a vontade!

terça-feira, novembro 28, 2006

E viva os blogueiros!

Um universitário de 21 anos é a grande fonte de informações dos executivos de TV nos EUA. Com o blog TVNewser, o jovem Brian Stelter virou febre na internet. Diariamente, e muitas vezes ao dia, ele publica notas sobre a indústria televisiva americana, links para artigos relevantes, índices de audiência de programas e furos com base em fontes anônimas. Com essa receita, Stelter se tornou responsável por um muito bem-sucedido boletim virtual sobre assuntos de TV. Sua página é visitada religiosamente por presidentes de emissoras, executivos de mídia, produtores e agentes publicitários.

Acabo de ler no Observatório da Imprensa.

segunda-feira, novembro 27, 2006

Folhetins na internet...

Já ouviram falar das Blognovelas (ou Webnovelas)? Elas estão surgindo aos poucos no YouTube... Já há vários folhetins na internet...
Uma inovação isso. A internet tem tido muito mais audiência entre certos públicos que a televisão (principalmente nos domingos a tarde - adivinhem porque).

Estou aguardando ansiosíssima por "telejornais" na internet.
(Se é que eles ainda não existem).

sábado, novembro 25, 2006

Ela paga pela nossa matéria!



A Abril acaba de lançar a primeira revista interativa do Brasil. Parece que a coisa da participação dos leitores tem se aprofundado cada vez mais. Contribuição da internet? Talvez...
A Revista Sou Mais Eu funciona da seguinte maneira: pelo site, as pessoas votam nas matérias que sairão no próximo número (qualquer semelhança com o OhMyNews não é mera coincidência). Além disso, as seções Vídeos, Fotos e Áudios são alimentadas pelos leitores/internautas, que podem, inclusive, ser pagos (o valor chega até R$500) pelo conteúdo mais acessado.


Lógica: se eu já leio a matéria online não faria sentido comprar a revista nas bancas depois...
Outra coisa: o perfil de pessoas que lêem esse tipo de publicação não é o mesmo de pessoas que acessam a internet e já são acostumadas com esse tipo de participação/interatividade.

Vamos esperar para ver. A revista está no primeiro número ainda...

sexta-feira, novembro 24, 2006

Simples como voar...

Em entrevista ao blog Dialógica, Leandro Zanoni (criador da Associação 3.0) ensina a diferenciar sites jornalísticos e pessoais na Web 3.0:

Dentro da associação 3.0 marcamos alguns pontos que poderiam classificar um site de jornalismo. Descartamos aqueles que contêm informação muito pessoal e não têm um bem social determinado. Para ser "sócio" da 3.0, deve ter um blog atualizado, com uma quantidade de posts por semana (ainda que isso não seja excludente nem determinante), deve levar um tempo determinado no espaço digital (para evitar dissertações primárias) e deve estar claro seu nome e apelido e um e-mail de contato. Assim legitimamos os sites jornalísticos.

Muito simplista essa classificação... Muito mesmo...

quinta-feira, novembro 23, 2006

O padrão Ana Paula

"Bancada é fim de carreira". (Ana Paula Padrão)

Muito me admira uma declaração dessas vindo de uma jornalista que por tanto tempo e com tanto profissionalismo comandou o Jornal da Globo. Talvez ela não quisesse dizer exatamente isso, mas falou, caiu na mídia e já era.
Paremos para pensar: o Jornal Nacional foi comandado durante décadas por Cid Moreira, que nem é jornalista. Ele é locutor e apenas lia as notícias tal e qual elas apareciam no teleprompter. Somente na década de 90 veio Willian Bonner e assumiu a bancada do telejornal. Ora, talvez isso explicasse que não há necessidade nenhuma de um jornalista ancorar um telejornal. Um locutor daria conta disso. Daria. Não dá mais.
Os tempos são outros, as notícias são outras e, cada vez mais, há a necessidade de alguém imbutido do ar da imparcialidade para nos informar através da telinha. Por isso não acho que bancada seja final de carreira para os jornalistas. Pelo contrário, é lugar de aprendizagem também.
Por outro lado, concordo que o jornalista é mais jornalista quando faz reportagem (mar no qual Ana Paula vai navegar a partir de agora). Parece que é na rua que um jornalista faz jornalismo de verdade, de serviço, de formação, de informação...
Prefiro repórteres a âncoras, de fato. Mas não nego o trabalho de quem aparece lindo(a), maquiado(a) e sem uma gota de suor na minha casa todos os dias.

quarta-feira, novembro 22, 2006

"Yo, Periodista"

O ElPais.com mudou. Não sei há quanto tempo, mas hoje percebi. Está melhor, mais bem dividido, com letras maiores...
Há ainda a seção Yo, Periodista, o famoso "Você, Repórter". O portal estimula os cidadãos a enviar fotos, acompanhadas de legenda, dos flagrantes das cidades espanholas (principalmente Madri). Apesar do jornal afirmar que agora os cidadãos se convertem em jornalistas, ele ainda "se reserva ao direito de selecionar, publicar e extrair a informação".
Um tanto contraditório, se pensarmos que o jornalista detém o "poder" de definir que informação pode ser notícia. Se o portal é o único que tem o direito de "extrair a informação" é porque o leitor não sabe (ou não pode) fazer isso.
Parece-me que não estão querendo tratar o leitor como jornalista cidadão de fato, mas sim como alguém que apenas reporta determinada informação. Não penso que um jornal deve ser feito apenas por leitores, mas que na seção reservada a eles, eles possam desenvolver a atividade jornalística na sua plenitude.

terça-feira, novembro 21, 2006

Uma historinha sobre a tal inclusão digital...

Sexta passada fui até o barracão da Associação das Paneleiras de Goiabeiras para fotografar o processo de confecção da famosa panela de barro.
Imaginem o barracão onde são feitas panelas de barro... Barro puro. Do lado ainda tem um mangue...
Mas o papo não é esse não. Além de mim, havia uma outra aluna do curso de Ciências Sociais da Ufes fazendo um trabalho com os paneleiros (há homem que fabrica panela também). Ela se aproxima de mim e diz:
- Olha, eu estou sem máquina aqui... Será que você não poderia me enviar umas fotos, para eu enriquecer o meu trabalho?
- Claro que sim. Anota o seu e-mail para mim que eu envio, sim.
A menina vai atrás de um papel e uma caneta. Enquanto isso, chega perto de mim um paneleiro e também responsável pela Associação:
- Você vai "jogar" essas fotos para o computador?
- Aham.
- E depois dá para "passar" pela internet?
- Dá sim!
- Você não poderia passar para o meu e-mail? É que eu quero mostrar para as "meninas"...
- Com certeza, claro! - disse eu animadíssima, afinal, ele tinha e-mail!
No ápice da euforia, vem a tal aluna com um papel na mão. Peguei, abri e li: www.fulanadetalcat@bla.com.br. Totalmente estranho. Será que uma aluna da graduação, aluna da Universidade, não sabia como escrever o e-mail? Deixei para lá. Guardei o papel na promessa de que ia enviar as fotos.
Aí, eis que surge o paneleiro com os e-mails (sim, ele tem dois) escritos num papelzinho: fulanodetal@globo.com.
Jesus, o que era aquilo? A universitária não sabia escrever o próprio e-mail e o paneleiro tinha dois e um ainda do Globo.com?

Isso é inclusão digital, queridos...

P.S.: Ainda não mandei as fotos. Para o paneleiro vou mandar com certeza. Para a garota, não sei.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Consciência Negra

Sobre a relação jornalistas / leitores

Recomendo o artigo de Carlos Castilho no Código Aberto sobre a atual relação entre jornalistas profissionais e leitores. Para Castilho, esse assunto, uma verdadeira "caixa de pandora", precisa ser analisado com mais consitência.
Castilho aponta duas questões para refletir o tema:
1) A necessidade do jornalista perceber que o jornalismo vertical acabou; e
2) A necessidade do leitor tomar certas responsabilidades para entrar de vez no "novo contexto informativo criado pela internet".

domingo, novembro 19, 2006

Nova enquete do Impressão Online

Responda rápido e sem vacilar:
O Estado pode intervir na liberdade de expressão?

Participe da enquete do Impressão Online!

sexta-feira, novembro 17, 2006

Nada de ponto final na história do Diploma

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a decisão do STJ sobre a obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista.

Agora, é só aguardar a decisão final que sairá em data indefinida...

Vai entender...

Liberdade de expressão...

Mapa do Repórteres Sem Fronteiras mostrando em que pé está a liberdade de expressão no mundo.



quinta-feira, novembro 16, 2006

Exigência do diploma: contrariedade à liberdade de expressão?

É jornalista aquele que trata ou produz informação. Essa decisão parece-nos contrária à liberdade de imprensa e até mesmo, de modo mais amplo, à liberdade de informar. A competência jornalística não depende de capacitação a priori, pois está ligada à prática da profissão.

Nota da ONG Repórteres Sem Fronteiras, em relação a obrigatoriedade do diploma para a profissão de Jornalista.

Via
Portal Imprensa.

Novos narradores da internet

"Somente um terço dos blogueiros blogam como uma forma de jornalismo. Sem embargo, muitos deles comprovam os trechos e citam as fontes originais."

É uma das revelações do estudo da Pew Internet sobre blogueiros, aos quais considera, inclusive, "novos narradores da internet".

quarta-feira, novembro 15, 2006

Quiz: jornalista digital ou analógico?

Vi no Jornalismo e Internet um link para um Quiz do Bloc de Periodista. Chama-se Jornalista Digital ou Analógico? e traz dez questões, no mínimo divertidas, que devem ser respondidas em até 30 segundos. No final, você fica sabendo se ainda vive "analogicamente" ou se já entrou de vez no mundo digital.

P.S.: Eu já sou uma "jornalista" digital.

E viva a República...

terça-feira, novembro 14, 2006

O bendito diploma

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) adverte:

Para ser jornalista o profissional deve possuir diploma de ensino superior em Jornalismo.

E ponto final.

De Redação para Central de Informação

Li no Código Aberto que a cadeia de jornais Gannet, dona do USA Today, reduziu as redações dos jornais e as substituiu por Centrais de Informação. A dinâmica é a seguinte: todos os veículos (jornais, rádios e TVs) terão redações unificadas. O objetivo é deixar de produzir notícias pensando apenas no meio em que elas serão veiculadas. Além disso, as tradicionais editorias deixarão de existir nos moldes tradicionais para priorizar sete áreas: serviço público, inovação tecnológica, estatísticas, diálogo com leitores, assuntos comunitários, informações personalizadas e produção multimídia.
Isso prova a preocupação das mídias tradicionais em se abrirem para a convergência e para uma maior participação dos leitores.
Parece que perceberam que seus mantos de seda já estão sendo atingidos pela "lama" da internet...

segunda-feira, novembro 13, 2006

Uma ressalva

Publico, na íntegra, comentário de João Pedro Pereira ao post de sábado, 11, em que fiz referência a uma de suas falas em seu blog.

Cara Ariani,
Traduziu o meu citizen media para jornalismo cidadão. O que não é a mesma coisa. Faz-se muito nos media que não é jornalismo. Na minha opinião, o jornalismo cidadão é um fenómeno que não existe, porque simplesmente não se concretiza a parte do jornalismo. Mas isso é toda uma outra questão. O que defendo no meu texto, é que o eventual crescimento da importância da blogosfera não pode ser considerado indício directo de um aumento da influência dos conteúdos produzidos fora dos media mainstream.

Desculpem-me pelo erro.
Mas continuo pensando os blogs como uma alternativa aos meios tradicionais. E tenho certeza que o jornalismo cidadão existe.

"A única diferença é a profissionalização"

Para Ramón Salaverría*, a única diferença entre o jornalismo tradicional e o cidadão é a profissionalização. "Apesar de todas sus carências, o jornalismo exercido pelos meios de comunicação tradicionais responde aos cânones profissionais, cujos resultados dão lugar a um produto essencial para a sociedade".
Mas o próprio Ramón reconhece que "estão surgindo meios sociais (prefiro chamá-los deste modo), que estão contribuindo notavelmente ao enriquecimento e diversificação do jornalismo como profissão".

Para vocês verem como a questão ainda gera discussões e debates...

*Diretor do Laboratório de Comunicação Multimídia da Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra (Espanha) e subdiretor do Departamento de Projetos Jornalísticos.

domingo, novembro 12, 2006

Somos um bando de constrangidos

"O jornalismo é uma profissão rodeada de um conjunto de constrangimentos que condicionam e limitam a possibilidade do seu exercício."

Mário Mesquita

sábado, novembro 11, 2006

Blogs, sites... tudo a mesma coisa...

Opinião de João Pedro Pereira, jornalista português:
É irrelevante para o percurso da Internet rumo a um estado de jornalismo cidadão o fato de os sites influentes serem blogues ou outro tipo de site qualquer: continuam a estar nas mãos dos tradicionais produtores de informação.
Seria verdade, se pararmos para pensar nos 67% que nunca acessaram a internet. Mas não creio que seja tão assim, escancarado. Claro que há os blogs que somente complementam o trabalho dos meios tradicionais, mas não podemos fechar os olhos àqueles que funcionam como alternativa ao que tem sido produzido na mídia.
Ainda estou pensando no assunto...

sexta-feira, novembro 10, 2006

Preciso(amos) pensar...

Todos aprendem na faculdade que a notícia para ser notícia deve carregar consigo alguns valores que fazem com que ela seja "digna" de ser publicada. Na verdade, isso é balela pura. Notícia é mesmo o que o jornalista quer publicar, o olhar dele sobre determinado fato.
Pois bem, revesti-me desse manto para tentar "omitir" em meu blog um fato que me desagrada muito e que eu não queria de forma alguma que fosse notícia. Mas basta olhar em alguns blogs e o bendito fato está lá estampado.
Então, o fato é: 67% dos brasileiros nunca acessou a internet. É, é isso mesmo. Mais da metade do povo desse país nunca digitou um www na vida.
Tá na cara porque eu não queria divulgar essa informação, né. Esse dado vai de encontro a tudo o que eu prego nesse blog. E me faz pensar outras coisas também: quem é o cidadão que tem produzido notícia (conteúdo) na internet? Quem representa (ou é representado) por esses 33% que acessam a internet? Isso é democratizar a comunicação?
Preciso pensar...

quinta-feira, novembro 09, 2006

Queda do impresso, ascensão do online

O The New York Times tem registrado quedas e mais quedas em sua circulação e nos anúncios publicitários. Quem diria, hein...
Por outro lado, todo esse prejuízo vai ser recuperado logo, logo graças aos acessos à sua versão online. O NYT é o diário mais visitado nos Estados Unidos.
Ah! E sabem em que o NYT vai começar a investir para a versão online? Jornalismo cidadão.

Via Jornalistas da Web.

quarta-feira, novembro 08, 2006

Ainda bem que caiu a proposta da imbecilidade

Por que é inútil controlar a internet no Brasil:
- Porque em outros países ela não é controlada. E a internet é global. Logo, poderíamos hospedar nossos websites, blogs e termos nossos e-mails em provedores internacionais, onde a lei brasileira não faria nem cócegas.
- Porque a internet já é controlada. Sinto muito, mas todos nós podemos ser rastreados pelo nosso número de IP.

Só queria dizer isso.

terça-feira, novembro 07, 2006

24 horas contra a CENSURA NA INTERNET

Acabo de notar o SUMIÇO de um post que fiz no sábado, dia 4, sobre 10 razões para não atualizar blogs diariamente. Tenho certeza de que eu não o apaguei. Não estou louca ainda. E depois que o blog do Sérgio foi deletado, é melhor prestarmos mais atenção a essas coisas.
Logo agora que eu ia sugerir que todos entrassem no Repórteres sem Fronteiras hoje (07/11) para protestarmos contra a CENSURA NA INTERNET. Mas, ainda vale a dica.

Da impressão ao online

Luis Nassif, em artigo publicado no Obervatório da Imprensa, aponta a consolidação da internet e dos blogs como um dos grandes fenômenos do processo eleitoral por qual passamos.
Para ele, "o advento desse novo mercado de opinião não se dá de forma tranqüila. É similar ao que ocorreu nos anos 80, quando começou a distensão política, ou mesmo nos fenômenos de torcidas organizadas".
Há ainda quem diga que essa consolidação da internet seja algo mais grandioso que a própria invenção da imprensa por Gutemberg. Não mais importante, mas mais instantânea e "diferente".
O fato é que a implantação de ambas, da imprensa e da internet, são de contextos totalmente diferentes. Se uma surgiu para ser preposto ideológico de um capitalismo em ascensão, a outra veio como uma alternativa ao que está(va) sendo produzido pelas mídias tradicionais. O resultado disso tudo só pode ser a emergência de uma nova opinião pública. Se é melhor ou pior, não cabe a mim dizer, mas agora ela dispõe de mais meios para manifestar seus pontos de vista.

segunda-feira, novembro 06, 2006

Crise do OhMyNews?

A edição sul coreana do OhMyNews não anda muito bem das pernas. Parece que a pioneira, maior e melhor experiência de jornalismo cidadão na Web não tem somado muitos dividendos.
Não sei por que a insistência para que o jornalismo participativo dê tantos lucros. Se é uma alternativa ao que é produzido pelos meios tradicionais, não tem de carregar o fardo de ser uma fonte de renda. Ou será que querem transformar o OhMyNews em mídia tradicional eletrônica?

Via Jornalistas da Web.

sexta-feira, novembro 03, 2006

Os virais da internet

Ainda há algo que o impresso preza mais que o online: checar as informações. Se na internet tudo é tão disponível, tão pronto para ser linkado ou copiado e colado, nas redações ainda há o "costume" de se averiguar uma informação. Por isso, o impresso erra menos que o online e não cai tanto nas armadilhas virais da internet.
O último exemplo foi o do blog do Cardoso, que "inventou" um texto convincente, que junto com mais duas fotos da queda de um avião da série Lost, foi divulgado pela rede. Não demorou muito e muitos já tinham linkado como "os dois únicos registros do desespero das pessoas que estavam dentro do avião".
Fico me perguntando o por que desses virais. Ok, concordo que jornalista de online e blogueiro não costumam checar muito as coisas e saem publicando. Bem feito para eles (nós), que caem em pegadinhas como essa e acabam perdendo credibilidade. Mas é justo brincar com algo tão delicado como o maior desastre aéreo brasileiro? Tenho certeza que não.
Mas tenho mais certeza ainda de que se nós passassemos a conferir mais as notícias que nos chegam pela internet, os virais não teriam o menor sentido.
Penso que o impresso tem algo a ensinar ao online...

quarta-feira, novembro 01, 2006

Nova audiência

Carlos Castilho cotinua no seu blog a discussão das novas audiências no fazer jornalístico. Depois de chamá-las "patrulheiras" da informação, ele afirma não ser possível "mais discutir imprensa sem levar em conta o público real". Realmente, as coisas estão muito juntas. Quem antes era apenas platéia, passa também a produzir conteúdo e informação (e de qualidade).
A intensidade com que parcelas do público passam a interessar-se pelo debate sobre tudo o que tem a ver com comunicação e imprensa indica que as categorias de produtor e consumidor de informação começaram a confundir.
Isto torna os jornalistas e o público parceiros do processo de construção de uma nova ecologia informativa tornada irreversível pela internet.

 
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