Impressão Online

O JORNALISMO IMPRESSO E A INTERNET.

sábado, março 31, 2007

Jornalistas e publicitários é que estão atrasados...

Quem é o Edney Souza?
Quem é o Edney é uma pergunta muito complexa, eu sou detalhista e falo demais. Além disso, tenho boa memória, então se eu começasse a falar agora ia levar uns 10 anos para resumir os 31 que já vivi.

Qual é a sua trajetória na blogosfera? Há quanto tempo mantém o blog?
Eu comecei um site pessoal em julho de 1997 e em março de 2001 comprei o domínio interney. net e o transformei em blog.

Você vive do site? Desde quando?
Eu vivo apenas do site desde agosto de 2005. E ganho alguma grana com ele desde o outubro de 2003.

Como veio a idéia de reunir blogueiros numa espécie de "portal"?
O Alexandre Inagaki (Pensar Enlouquece) me procurou para ajudá-lo com uma rede de blogs. Saímos da conversa com esse plano um pouco mais “ambicioso”.
Nós já nos conhecíamos de internet antes de nos reunirmos para falar sobre o Interney Blogs e hoje somos amigos pessoais.

Como foi o processo de reunião e implementação desse projeto?
Convidamos blogueiros que já tinham adquirido uma boa experiência em seus blogs, que são respeitados na blogosfera e são pessoas que gostamos de ler.

Como são realizadas as atualizações no blog coletivo?
O último post de cada blog aparece na home page. Conforme ele ganha mais comentários ou referências em outros blogs ele vai “subindo” em relação aos outros. A data também é levada em conta.

Há um sistema de reputação? Quem faz esse post "subir"? O usuário? Há um editor, que faz esse trabalho (de postar os posts)?
É um software, não existe editor no site. Conforme os visitantes comentam, outros sites linkam e o post envelhece, ele sobe ou desce sozinho.

Há regras de participação?
Não pode escrever sobre nada que contrarie a legislação em vigor e tem de escrever ao menos um post por mês.

Sobre os anúncios no blog... Você não acha que eles afetam o blog por tornar o visual meio "estranho" e desorganizado?
Estamos refazendo o layout da página inicial.

O novo layout vai separar mais conteúdo e anúncio? Por que decidiram criar um novo template?
O novo layout visa organizar melhor as informações além de apresentar um aspecto mais clean.

Até que ponto eles são bons e quando podem ser prejudiciais para uma audiência já fidelizada?
Se o conteúdo é bom, as pessoas lêem mesmo com anúncios.

Mas, você não acha que as pessoas se deixam levar muito pelo visual? Por exemplo, às vezes, um site "feio" não tem muito crédito...
Veja o blog mais acessado dos Estados Unidos:
http://www.boingboing.net/.
Veja o site mais acessado dos Estados Unidos:
http://www.myspace.com/.
Eu não acho que são sites bonitos, mas nem por isso perderam audiência ou credibilidade. Aliás, os programas mais populares da TV são também os mais toscos.

Criar um blog coletivo com anúncios é uma forma de angariar cliques e audiência e, consequentemente, ganhar dinheiro. Esse é um dos objetivos do portal?
Sim, esse é um dos objetivos do portal.

Como é feito isso? Como se ganha dinheiro? É por audiência? Quanto isso dá de lucro? Como é feito o pagamento?
Ganha-se dinheiro, em alguns casos, por clique nos anúncios e, em outros, por comissão de venda de produtos. Audiência, num primeiro momento, só gera despesa. Raramente algum anunciante paga apenas por exibição.

Como você deslumbra a web 2.0? Participação e colaboração são o caminho?
Web 2.0 não existe. Internet sempre foi sobre pessoas e colaboração. Hoje temos recursos tecnológicos que permitem colaboração num nível melhor do que era antigamente, mas é uma evolução constante, não dá pra datar a internet dessa maneira.

Como web 2.0 não existe? Não existe o fenômeno ou a marcação cronológica? Onde esse fenômeno vai parar então? Como você avalia a participação e colaboração hoje, que as pessoas têm feito hoje?
Não existe o fenômeno nem a marcação cronológica. Listas de discussão, fóruns, salas de bate papo são exemplos de conteúdo gerado pelo usuário. Participação e colaboração existem muito antes de se sonhar com web 2.0. Nenhum argumento justifica uma marcação diferenciada. A web sempre possuiu esse espírito, os publicitários e jornalistas é que demoraram a descobrir. Alguns profissionais de tecnologia justificam a web 2.0 falando de Ajax, API, etc. Nesse caso também são tecnologias antigas para as quais se encontraram novos usos. Nada na web 2.0 é novo, é tudo deslumbramento de quem está aprendendo as coisas agora, tanto no campo da comunicação quando no da tecnologia.

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Dez anos de blogosfera, blog, site pessoal e agora um portal

Em fevereiro, surge o primeiro portal de blogs brasileiro. Os responsáveis por isso são Alexandre Inagaki (Pensar Enlouquece) e Edney Souza, o entrevistado de hoje do Impressão On Line. Mesmo antes da criação do Interney Blogs, Edney já era figurinha conhecida da blogosfera. Blogueiro há 10 anos, viu o desenvolvimento das tecnologias e a crescente participação popular na web desde... desde sempre.

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terça-feira, março 27, 2007

Devagar, devagarinho

O Impressão On Line vai ficar meio devagar por uns tempos. Estou produzindo as entrevistas. E vem uma série delas por aí. Assim que elas forem acontecendo, confirmo quem são os entrevistados.

Optei por esse rumo porque o blog precisa de um direcionamento e porque eu tenho que pensar sobre todos esses fenômenos. Com as entrevistas acho que (eu e o blog) ficamos mais "sabidos" sobre tudo isso que tem acontecido no jornalismo contemporâneo.

Aos leitores, continuem acompanhando as entrevistas e não deixem de exercer o direito de vocês: se manifestem.

P.S.: Ficar "sabida" nem sempre tem a ver com adquirir inteligência, tá... Às vezes significa ter mais e mais dúvidas.

domingo, março 25, 2007

"Vamos fazer sexo?"

Sérgio, quer falar mais alguma coisa? Já tenho bastante material...
Ariani, quero aproveitar a entrevista para me defender de uma acusação. As pessoas têm dito por aí que eu só me envolvo com questões sexuais. Na verdade, eu vislumbro um mundo em que as pessoas não terão mais problemas sexuais. Assim como falamos “vamos num barzinho?”, as pessoas não terão mais pudor em falar “vamos fazer sexo?”. Acho normal. Não acho que na nossa geração já vai ser assim, mas acho que temos que ir tomando medidas ideológicas para as gerações futuras. Acho que o recalque sexual dentro do nosso modelo de sociedade é ótimo, mas se ele não existisse, a gente poderia pensar numa sociedade muito diferente, muito melhor, mais democrática.

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"Pega a câmera e vamos ver"

Como anda a produção de audiovisual na Internet?
Tem muita coisa nova. Mais e mais, o star system está sendo jogado no chão, sendo humilhado. Esteticamente, tem uma mudança quanto às questões do ruído, da imagem desfocada, tremida, do movimento de câmera, da despreocupação dos planos. Pouco a pouco, a linguagem tradicional do cinema e da televisão vai sendo fragilizada e as pessoas têm se acostumando com isso. Isso deve interferir bastante na linguagem.

Qual tem sido a nova linguagem?
A nova linguagem tem sido a despreocupação total com a linguagem. “Pega a câmera e vamos ver”.

O que mais te agrada na nova produção de audiovisual?
Acho muito legal a possibilidade de contar história. Acontece muito pela quantidade de pessoas que faz vídeo e posta, mas nem tem sido a maior produção dos usuários (eles fazem muito vídeo familiar). Outra coisa nova que tem surgido é o vídeo interativo, em que você minimamente vai poder interferir na história. A partir de certo momento do vídeo você pode definir os rumos da historia, através dos links colocados na imagem.

O YouTube é realmente a memória da televisão?
Está se tornando e democratizando o conteúdo que era de propriedade das emissoras. Tem coisa que é propriedade cultual do povo brasileiro.

Então não existem os direitos autorais?
Sim, existem os direitos autorais. Mas, as emissoras não têm o direito de enjaular certos tipos de conteúdo e nunca mais passá-los.

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"Ética?"

Há um Sérgio antes e um depois da criação do A Ponte Clandestina?
Com certeza. Antes do A Ponte Clandestina eu pensava num blog em que eu pudesse colocar a minha opinião a respeito das coisas que eu via na área do audiovisual. Mas depois eu percebi que não era só isso que o público queria, que ele não queria apenas saber a opinião de um desconhecido. As pessoas entram nos blogs procurando informação.

Foi ai que eu consegui mudar a estrutura inicial do blog e deixá-lo mais informativo, colocar mais novidades. Antes eu negava essa parte mais jornalística do blog. Fiz uma coisa mais de opinião, mas foi um fracasso. Então nisso eu mudei, me tornei mais jornalista a partir do blog

Qual a importância da participação do público nos blogs?
Eu acho que o público é fundamental e a opinião dele principalmente. De que adianta você escrever alguma coisa para você mesmo?

Sempre quis escrever para as pessoas o que eu penso, mas de uma maneira que elas se interessassem por isso. Nunca tive aquele devaneio de escrever para mim mesmo e esperar que poucas pessoas leiam. Tenho ainda aquela perspectiva da massa, de querer ter audiência, mas não tão grande, uma audiência média com uma fatia específica do público.

Você quer que o A Ponte Clandestina seja um blog “pop”...
Sim.

Quais estratégias você tem adotado para alcançar a audiência?
O blog era meio fraco no começo. No período mais opinativo, ele era feio, só tinha texto. Era um fracasso. Então resolvi mudar o blog. Inicialmente quis mudar visualmente, mudar a estética. Criei uma identidade para A Ponte Clandestina, fiz a logo e coloquei as cores preta e branca, que são muito fortes. Ampliei o campo temático do blog, comecei a falar de cultura, cultura capixaba, arte de maneira geral e comecei a investir em outros meios, com a criação de vídeos, áudios e imagens próprios para o blog.

Podemos dizer que o A Ponte Clandestina é o seu veículo de comunicação?
Sim. E por ser meu, há uma preocupação maior com a forma que com o conteúdo, Gosto de inovar mais enquanto forma de fazer algo do que o que está sendo dito.

Como é ser dono de um veículo de comunicação e não ter a preocupação com uma certa linha editorial?
Na verdade ele segue uma linha editorial que eu coloquei. Me sinto ótimo, autentico, livre antes de tudo. Ao mesmo tempo, eu estou à mercê da liberdade alheia, que pode ser muito perigosa às vezes.

Há uma ética?
Ética? Há uma ética. Ser fiel a mim e ao conteúdo que eu me proponho a passar para o público. Não tenho ética quanto à propriedade intelectual alheia.

Já pensou em colocar anúncio publicitário no A Ponte Clandestina?
Pensar eu penso, mas não colocaria um anúncio porque iria acabar com o template, que eu gosto muito.

Isso não causaria certa estranheza nos leitores que você já fidelizou?
Acho que não. Será? Acho que não. A não ser que fosse acabar com o template. Uma coisa q eu tenho muito forte é que a credibilidade dentro da Internet depende muito do visual. Se a pessoa vai para uma página feia, ela pensa que aquele conteúdo não tem credibilidade. Não sei porque as pessoas pensam assim. Se a pagina é bonita, bem estruturada, não tem nenhum ruído, as pessoas dão mais credibilidade àquele conteúdo.

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"O jornal impresso serve para enrolar peixe"

Como você avalia o uso das novas tecnologias colaborativas e participativas na construção de um novo jornalismo?
Gosto muito dessa inovação. Ao mesmo tempo, por trás disso tem uma coisa de todo mundo dar palpite. Não existem mais as estrelas e as celebridades. Acho que estamos vivendo um campo social novo.

Hoje em dia com tudo isso surgindo e com todas as pessoas dando suas opiniões, verdadeiras ou não, a gente está, pouco a pouco, desconstruindo a realidade dita concreta. A gente está vivendo uma realidade mais simbólica. Quanto mais os meios de comunicação foram aumentando e quanto mais as pessoas puderam falar, a realidade que você vê, ouve e toca foi sendo desconstruída.

Esse fenômeno tem colaborado, então, para colocar em pauta o que antes ficava na borda?
Sim, novas realidades, novos contextos sociais. Uma das coisas mais ricas de tudo isso foram as minorias surgindo. Na Internet se você não fala, não se pronuncia, você não existe. E as minorias sociais, os homossexuais, os negros, os orientais estão podendo dizer “eu existo e a minha vida é assim”. Isso se torna uma realidade para a pessoa, uma realidade simbólica. Uma realidade mais democrática.

Isso é uma nova maneira de se fazer jornalismo?
Está se tornando, ainda é um processo.

Qual seria, então, o papel do jornalista nesse novo cenário?
Acho que o jornalista tem que ficar no impresso, nas mídias de massa. Nos blogs ele pode até ser jornalista, apurar jornalisticamente, mas tem que estar aberto a um lado menos jornalista, ser mais pessoal, autoral, artístico, opinativo.

E a captura de jornalistas “estrelas” do impresso pelo online na tentativa de os colocarem para ser justamente mais opinativos, pessoais e autorais?
Na verdade eles já são do mundo das estrelas porque eles vem do impresso. A audiência que eles tinham no impresso simplesmente migrou para a internet. O que é novo é, por exemplo, o Mister Manson, que nunca existiu midiaticamente e agora é uma estrela. Mas acho isso muito restrito. As pessoas se apaixonam mais pelo conteúdo. Como ele se populariza, ele está mais presente na internet, há mais links espalhados e as pessoas o encontram mais.

E também essas novas estrelas por causa da web 2.0 são diferentes das estrelas tradicionais. Antigamente, com a não participação do público, essas estrelas vinham prontas e o público tinha que engoli-las como elas fossem e não podiam agir sobre essa estrela. Essas novas estrelas são estrelas montadas pelo público, que diz como ele quer essa estrela, comenta, interfere na audiência e essa pessoa tem que ir se moldando. É o que acontece no meu blog. Você tem uma certa liberdade, mas esse público acaba te moldando.

O impresso está com os dias contados?
O que eu acho sobre o impresso é algo que eu já disse e repito. Ele tem duas alternativas. Primeiro, investe em conteúdo mais opinativo, mas pesado. Ou – o que prefiro – esquece um pouco o texto, coloca fotos enormes e investe nas matérias de foto legenda. O homem contemporâneo está cheio de mídia, de texto, de coisa para ler, para fazer. E a apreensão mais rápida da informação facilita bastante a vida de todos nós.

Mas estamos preparados para isso, depois de tantos anos de jornal impresso sendo entregue em nossas portas todos os dias?
Eu pessoalmente estou super preparado.

Mas as pessoas que conviveram a vida toda com uma forma de jornalismo tradicional talvez ainda não estejam. Quando essa geração acabar e ficarmos apenas nós, o impresso entra em declínio de vez?
Não tenho certeza se isso vai acontecer. Acho que a tendência é não se investir mais no impresso. Acho que vão ficar poucos jornais, os menores tendem a desaparecer. Além disso, eles devem mudar estruturalmente em algo que seja inesperado. Mas acho que eles não vão desaparecer. Acho isso impossível.

Qual necessidade que ainda temos do impresso?
Eles servem para rasgar, circular, enrolar peixe...

Então, o Sérgio nunca vai trabalhar em uma redação?
Pode ser que sim, não é o que ele quer, mas eu não tenho problema moral nenhum com isso.

Você acredita na legitimidade do jornalismo cidadão?
Claro que é legítimo. A pessoa tem o direito de fazer o que ela quer. Acho que a pessoa pode produzir uma reportagem, ou algo que ela ache uma reportagem, de maneira até mesmo tendenciosa. Mesmo porque na Internet a gente sabe que as regras são outras. Ninguém precisa ser objetivo, fazer uma pirâmide invertida e um lide.

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Sobre blogs, jornalismo e audiovisual...

Um bate-papo de uma hora ao som de flautas e violões. Sentados no pátio do Cemuni V na Ufes, Sérgio Rodrigo e eu conversamos sobre blogs, jornalismo e a produção de audiovisual.

Aberto a todas (sim, todas) as reviravoltas que a internet tem causado, Sérgio mostra-se um tanto cético quanto ao futuro do impresso. Por outro lado, escancara a opção pela colaboração na internet. Videoasta, artista, poeta, jornalista (e estudante), Sérgio fala também sobre a produção de vídeos e áudios específicos para seu blog, A Ponte Clandestina, e se defende de uma acusação, digamos, leviana.

A entrevista será postada dividida em blocos. Jornalismo, Blogs e Audiovisual. Os leitores estão convidados a participar com comentários e perguntas para o primeiro entrevistado oficial do Impressão On Line.

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segunda-feira, março 19, 2007

Off

Vamos ficar paradinhos por um tempinho.
A próxima postagem já será uma entrevista.

sábado, março 17, 2007

Entrevistas no Impressão On Line

O Impressão On Line vai inaugurar uma série de entrevistas com blogueiros, não-blogueiros e com quem mais quiser se posicionar sobre jornalismo e internet.
Conto com a participação dos leitores deste blog (há alguém aí?) com sugestões para as entrevistas e entrevistados.

quinta-feira, março 15, 2007

Diferentes cenários de um mesmo palco

O The State of the News Media é um anuário do jornalismo norte-americano.
A edição deste ano acabou de ser veiculada e conta com estudos de várias áreas e veículos jornalísticos.
É interessante conhecer a realidade e a experiência de outros países no jornalismo. Mesmo que sejam bem diferentes do contexto brasileiro. E são. A pesquisa traz, por exemplo, a informação que todos sabem: os jornais impressos estão perdendo anunciantes e leitores. Ambos preferem as mídias gratuitas e a internet.
Enquanto isso, no Brasil, os impressos tiveram um crescimento na circulação e vendagem. Parece inacreditável, não. Mas ainda temos um pé atrás com a web... Além disso, o Brasil é o cenário perfeito dos fatos que mais vendem notícia: violência, impunidade e corrupção.
Não dá para competir, né?!

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1000

Mais de mil jornalistas morreram pela profissão na última década.

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terça-feira, março 13, 2007

Algumas considerações sobre o fênomeno Blogs

Tiago Dória, que acabou de traduzir o livro Blog: Entenda a Revolução que Vai Mudar no Seu Mundo, do jornalista norte-americano Hugh Hewitt, faz suas considerações sobre o movimento blogueiro.

Eis algumas:
  1. Os maiores afetados pelo surgimento dos blogs não são os jornais impressos. Os que mais perdem são as revistas, com suas páginas de opinião, e a TV.
  2. Blogs não são uma revolução. Mas uma evolução das tecnologias de comunicação.
  3. Blogueiros são muito mais produtivos que a velha mídia.
  4. Blogueiros são uma espécie de controladores de tráfego e de editores da web.

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segunda-feira, março 12, 2007

Lei francesa pune jornalismo cidadão

Manifestações de jornalismo cidadão podem ser punidas com cadeia e multa na França.
O país quer acabar com o chamado happy slapping (bofetada alegre), em que um deliquente ataca uma pessoa e um comparsa filma/fotografa para depois distribuir as imagens pela internet (o que faz muito sucesso, por sinal - ah, o gosto pelo grotesco...).
Há duas contradições na lei francesa. O tempo de cadeia para quem faz as imagens é maior (pode chegar a cinco anos) do que para quem pratica a violência. Além disso, coibir a prática de fimar/fotografar atos violentos pode ser a garantia de impunidade para os praticantes, que podem nunca ser descobertos sem a participação popular.

Via Código Aberto.

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Considerações Capoteanas

Terminei A Sangue Frio de Truman Capote. Tenho algumas considerações pessoais:
  1. Como Capote conseguiu lembrar de coisas, depoimentos, fatos com tanta perfeição? Até que ponto tudo o que está ali é realmente não-ficção? Nenhum jornalismo é idôneo. Por que o de Capote seria?
  2. Achei brilhante o distanciamento entre o jornalista e os assassinos. A única obrigação ali era escrever a história. E não salvá-los da forca.
  3. O relato de Perry algumas vezes soou muito tendencioso. A caracterização do personagem por Capote era muito diferente de quando ele era caracterizado por outras pessoas.
  4. Pensando hoje, nos valores-notícias do jornalismo, questiono como e por quê um editor espera seis anos para publicar uma história.
  5. No mais, achei o livro genial, um perfil em profundidade do assassinato e dos assassinos.

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sexta-feira, março 09, 2007

Alguém tem esse dado?

Cansei dessas pesquisas que "revelam" como o público jovem prefere blogs a jornais impressos. Estamos no século XXI e os adolescentes e jovens de hoje são os que já nasceram com o cabo de rede no lugar no umbigo e cresceram falando bits, bytes e blogs no lugar do famoso "gugu dadá". Dizer que esse público prefere blogs e conteúdo online para se informar é chover no molhado.

Quero ver pesquisas realmente reveladoras sobre pessoas que nasceram na era da máquina de escrever e que hoje trocam o jornal diário (aquele que chega em casa todos os dias ou o que se compra na banca na volta da padaria) pelo blog. Quero ver dados sobre aqueles que trocam o que foi a única fonte de informação para eles durantes décadas pela internet e pelos diários online.

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O que estou lendo

Estou lendo A Sangue Frio de Truman Capote.

Quero entender melhor essa coisa de "romance de não-ficção", jornalismo literário.

Depois, posto algumas considerações.

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quinta-feira, março 08, 2007

Mulher Barro


Uma homenagem do Impressão On Line ao Dia Internacional da Mulher.

quarta-feira, março 07, 2007

Baudrillard


Morreu ontem em Paris, vítima de câncer e aos 77 anos, o sociólogo e filósofo Jean Baudrillard.

161 bilhões de gigabytes

Essa foi a quantidade de informação digital gerada ano passado em todo o mundo.

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Os 7 pecados capitais

Stefano Rodotà, político, jurista italiano, especialista em Direito da Pessoa e Novas Tecnologias aponta os sete Pecados Capitais da Era Digital:
  1. Desigualdade;
  2. Exploração comercial e abuso informativo;
  3. Riscos à privacidade;
  4. Desintegração da comunidade;
  5. Plebiscito instantâneo e dissolução da democracia;
  6. Tirania do controle do acesso;
  7. Perda dos valores de serviço público e responsabilidade social.

Via Jornalismo e Internet.

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terça-feira, março 06, 2007

Sobre narcisismo e outras coisas

O que, além do narcisismo, nos faz contribuir com uma empresa de comunicação ao invés de escrever um blog, ou contribuir em um jornal wiki?


Gabriel Moura, em seu blog Jornalismo Expresso.

Pode ser divagação, mas uma resposta talvez tenha a ver com a vontade de "existir", de "ser visto".
Postar num blog ou num ambiente wiki pode não dar tanta audiência, o que é garantido quando se manda material para ser publicado em grandes veículos de comunicação. E o que queremos senão audiência?
Penso ainda numa outra questão: quem são esses jornalistas cidadãos? São aqueles que nunca tiveram voz e vez e que agora podem produzir conteúdo? Ou são aqueles que sempre foram acostumados a ouvir os dois lados de um mesmo lado?

Eu ainda acredito no conteúdo gerado por usuário. Mas não no narcisismo de que fala Gabriel...

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segunda-feira, março 05, 2007

Alguém sabe me dizer...

... de quem é o conteúdo gerado por usuário (jornalista cidadão) e utilizado em grandes veículos de comunicação?

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sábado, março 03, 2007

Um aviso aos navegantes

O silêncio também é uma forma de manifestação.
O ato de não comentar não significa uma não participação da blogosfera. Muito pelo contrário, talvez queira dizer muito mais.
Tudo isso é tendência da nova era, a era em que tudo é participativo. Mas nem por isso tenho que participar a todo o momento. Talvez até então a abstinência signifique resistência...

Deu para entender?

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quinta-feira, março 01, 2007

Cronologia da web

Vi no ecuaderno essa cronologia da web. É interessante, apesar de eu não concordar com essas delimitações de datas.




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Web 2.0 brasileira

Aproveito para indicar também o blog Web 2.0 BR, que como diz o nome, trata da web 2.0 brasileira.

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Criador x Criação

Encontrei uma animação muito interessante. Chama-se "Criador x Criação.
Segue o link: http://www.albinoblacksheep.com/flash/animator.

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