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domingo, março 25, 2007

"Ética?"

Há um Sérgio antes e um depois da criação do A Ponte Clandestina?
Com certeza. Antes do A Ponte Clandestina eu pensava num blog em que eu pudesse colocar a minha opinião a respeito das coisas que eu via na área do audiovisual. Mas depois eu percebi que não era só isso que o público queria, que ele não queria apenas saber a opinião de um desconhecido. As pessoas entram nos blogs procurando informação.

Foi ai que eu consegui mudar a estrutura inicial do blog e deixá-lo mais informativo, colocar mais novidades. Antes eu negava essa parte mais jornalística do blog. Fiz uma coisa mais de opinião, mas foi um fracasso. Então nisso eu mudei, me tornei mais jornalista a partir do blog

Qual a importância da participação do público nos blogs?
Eu acho que o público é fundamental e a opinião dele principalmente. De que adianta você escrever alguma coisa para você mesmo?

Sempre quis escrever para as pessoas o que eu penso, mas de uma maneira que elas se interessassem por isso. Nunca tive aquele devaneio de escrever para mim mesmo e esperar que poucas pessoas leiam. Tenho ainda aquela perspectiva da massa, de querer ter audiência, mas não tão grande, uma audiência média com uma fatia específica do público.

Você quer que o A Ponte Clandestina seja um blog “pop”...
Sim.

Quais estratégias você tem adotado para alcançar a audiência?
O blog era meio fraco no começo. No período mais opinativo, ele era feio, só tinha texto. Era um fracasso. Então resolvi mudar o blog. Inicialmente quis mudar visualmente, mudar a estética. Criei uma identidade para A Ponte Clandestina, fiz a logo e coloquei as cores preta e branca, que são muito fortes. Ampliei o campo temático do blog, comecei a falar de cultura, cultura capixaba, arte de maneira geral e comecei a investir em outros meios, com a criação de vídeos, áudios e imagens próprios para o blog.

Podemos dizer que o A Ponte Clandestina é o seu veículo de comunicação?
Sim. E por ser meu, há uma preocupação maior com a forma que com o conteúdo, Gosto de inovar mais enquanto forma de fazer algo do que o que está sendo dito.

Como é ser dono de um veículo de comunicação e não ter a preocupação com uma certa linha editorial?
Na verdade ele segue uma linha editorial que eu coloquei. Me sinto ótimo, autentico, livre antes de tudo. Ao mesmo tempo, eu estou à mercê da liberdade alheia, que pode ser muito perigosa às vezes.

Há uma ética?
Ética? Há uma ética. Ser fiel a mim e ao conteúdo que eu me proponho a passar para o público. Não tenho ética quanto à propriedade intelectual alheia.

Já pensou em colocar anúncio publicitário no A Ponte Clandestina?
Pensar eu penso, mas não colocaria um anúncio porque iria acabar com o template, que eu gosto muito.

Isso não causaria certa estranheza nos leitores que você já fidelizou?
Acho que não. Será? Acho que não. A não ser que fosse acabar com o template. Uma coisa q eu tenho muito forte é que a credibilidade dentro da Internet depende muito do visual. Se a pessoa vai para uma página feia, ela pensa que aquele conteúdo não tem credibilidade. Não sei porque as pessoas pensam assim. Se a pagina é bonita, bem estruturada, não tem nenhum ruído, as pessoas dão mais credibilidade àquele conteúdo.

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2 Comments:

  • At 28 março, 2007 16:32, Anonymous Anônimo said…

    O mais legal da série de entrevista é o fato de vocês perceberem que são produtores de cultura.

    Gostei muito do debate do Sérgio... Talvez utilize como material da optativa, só para ver como ele vai reagir ao poder da multidão...he he he

     
  • At 28 março, 2007 16:43, Blogger Sérgio Rodrigo said…

    Ai, que medo!

     

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