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segunda-feira, maio 21, 2007

Cultura e comum na sociedade pós-industrial

Giuseppe Cocco foi um dos palestrantes do primeiro dia do Seminário Internacional: A Constituição do Comum. Cocco estabeleceu o que seriam o comum e a cultura dentro dessa nossa sociedade, chamada por ele mesmo de “pós-industrial”.

De acordo com Cocco, a cultura deveria ser analisada no centro da pauta política e social para a construção do conceito de comum. E o comum, por sua vez, seria discutido a partir das transformações básicas no trabalho, da produção, das forças produtivas.

Cocco conceitua o trabalho pós-industrial como espalhado, difuso, que só consegue se manter vivo hoje em dia porque está dentro de redes de cooperação. Ou seja, a relação entre trabalho e emprego, entre trabalho e mobilização assalariada, não funciona mais do mesmo jeito com o qual estávamos acostumados. A dinâmica do trabalho não é mais tão central, tão fabril, mas sim valorizada pelos elementos imateriais e intangíveis de sua organização.

A cultura seria o centro de toda essa dinâmica do “novo” trabalho. Que não compreende apenas o processo de produção, mas também a circulação e o consumo, cada vez mais produtivos, segundo Cocco.

O comum vem relacionar-se, então, com as lutas, com as subjetividades e com a produção. O comum torna-se comum a partir da nova dinâmica espacial, estrutural, em redes. Saímos da rigidez das relações do trabalho e entramos numa nova forma de organização, rizomática, fluida.
 
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