Jornalismo impresso: exercício de um jornalismo transcendental
Essa lengalenga apocalíptica do fim da imprensa e sua transferência imediata para a virtualidade da internet revela um desconhecimento dos desdobramentos e acomodações do processo histórico. Convém àqueles que não estão interessados em desenvolver os fundamentos originais do jornalismo – mantidos com muita vitalidade e criatividade nas mais importantes publicações do mundo.
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Os defensores do corte abrupto são na verdade defensores do fim da história, agentes da política de terra arrasada e do voluntarismo tipo "depois de mim, o dilúvio".
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O jornalismo impresso não acabou, está aí, vivo, estruturado e com uma capacidade inesgotável de produzir inovações. Suas desvantagens – quando comparado com a internet (ou à TV pela internet) – são ao mesmo tempo excelentes oportunidades para o exercício do "jornalismo transcendental" mencionado por Bernard-Henry Levy.
A internet, por enquanto, é um sistema de comunicação, formidável arsenal de recursos tecnológicos de busca, transmissão e armazenagem de dados. Não conseguiu produzir um modelo narrativo diferenciado. É uma forma de participação à procura de uma gramática.
Significa que o jornalismo ponto com ainda não existe. Por enquanto, é uma réplica virtual e, de certa forma, improvisada do jornalismo standard, cujos paradigmas vêm sendo consolidados ao longo de 400 anos de trepidações e mudanças.
Algumas gerações de profissionais ainda precisarão percorrer os velhos caminhos do jornalismo tradicional, organizado e orgânico. Algumas gerações de leitores ainda necessitarão do periodismo, aquele breve intervalo entre edições capaz de permitir a sedimentação dos fatos e a compreensão exata dos acontecimentos.
O jornalismo impresso é uma matriz de inovações, ponte entre fases históricas. Ignorar suas enormes possibilidades é um salto no escuro. E um enorme desperdício.
Alberto Dines, no Observatório da Imprensa.
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Os defensores do corte abrupto são na verdade defensores do fim da história, agentes da política de terra arrasada e do voluntarismo tipo "depois de mim, o dilúvio".
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O jornalismo impresso não acabou, está aí, vivo, estruturado e com uma capacidade inesgotável de produzir inovações. Suas desvantagens – quando comparado com a internet (ou à TV pela internet) – são ao mesmo tempo excelentes oportunidades para o exercício do "jornalismo transcendental" mencionado por Bernard-Henry Levy.
A internet, por enquanto, é um sistema de comunicação, formidável arsenal de recursos tecnológicos de busca, transmissão e armazenagem de dados. Não conseguiu produzir um modelo narrativo diferenciado. É uma forma de participação à procura de uma gramática.
Significa que o jornalismo ponto com ainda não existe. Por enquanto, é uma réplica virtual e, de certa forma, improvisada do jornalismo standard, cujos paradigmas vêm sendo consolidados ao longo de 400 anos de trepidações e mudanças.
Algumas gerações de profissionais ainda precisarão percorrer os velhos caminhos do jornalismo tradicional, organizado e orgânico. Algumas gerações de leitores ainda necessitarão do periodismo, aquele breve intervalo entre edições capaz de permitir a sedimentação dos fatos e a compreensão exata dos acontecimentos.
O jornalismo impresso é uma matriz de inovações, ponte entre fases históricas. Ignorar suas enormes possibilidades é um salto no escuro. E um enorme desperdício.
Alberto Dines, no Observatório da Imprensa.
Marcadores: internet, jornalismo impresso, jornalismo online
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